terça-feira, 24 de julho de 2012

História

A história de Petrópolis confunde-se com a própria história do Brasil, afinal, a cidade foi palco de acontecimentos e episódios diversos do passado brasileiro, principalmente no período imperial.

Tudo começou quando seu clima excelente e natureza exuberante ganharam mais um ilustre admirador: D. Pedro I.
Em 1822, ao percorrer o Caminho do Ouro em direção à Minas Gerais, D. Pedro I hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região.
Durante os anos seguintes, D. Pedro continuou como hóspede frequente da fazenda, trazendo a família e, mais tarde, se propondo a comprá-la. Porém, acabou comprando uma fazenda vizinha: a Córrego Seco - que renomeou Imperial Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir o Palácio da Concórdia. Hoje, o local corresponde ao Centro Histórico da cidade de Petrópolis, um dos mais significativos conjuntos arquitetônicos referentes ao século XIX de todo o mundo.
Apesar de ter sido adquirida em 1830 para abrigar um grande palácio, a fazenda passou 12 anos praticamente abandonada.
Tudo parecia indicar que o projeto “Povoação – Cidade de Petrópolis” acabaria esquecido para sempre numa das gavetas de seu idealizador, o Mordomo Imperial Paulo Barbosa.
Quem poderia retirar a Fazenda Imperial do esquecimento e torná-la mais do que uma simples vila de passagem, sempre coberta pela neblina? Para tal realização surgiu um homem acostumado a realizar obras em situações adversas que muitos consideravam impossíveis, o engenheiro militar Júlio Frederico Koeler.
Koeler, porém, guardava um trunfo especial: a sua crença na superioridade do trabalho livre sobre o escravo, comprovada anos antes quando, com a anuência do Imperador, contratou 238 trabalhadores alemães para a construção da Estrada Normal da Serra da Estrela: o primeiro caminho que veio a substituir as trilhas abertas pelos bandeirantes e outros aventureiros, durante os dois séculos anteriores.
Koeler uniu-se à Paulo Barbosa, para convencer o Imperador a fundar uma colônia agrícola na fazenda do Córrego Seco. Entusiasmado, o Imperador assinou, em 16 de março de 1843, o decreto que criou Petrópolis - primeira cidade planejada do Brasil. É neste ponto que surge um fator importantíssimo para a fisionomia que a cidade iria adquirir ao longo do tempo: os novos colonos alemães.
Petrópolis acabou tendo um destino diferente do imaginado por Koeler. Não se tornou uma povoação agrícola, mas sim uma cidade que não parou mais de progredir, mostrando uma clara vocação para a beleza, a cultura, a arte e a introspecção que facilita o estudo, a pesquisa e a meditação.
Durante todo o Império e também na República, foi a preferida de inúmeros nobres e intelectuais, para descanso e lazer. D. Pedro II - e, em conseqüência, toda a sua corte - passava na cidade seis meses por ano, de novembro a maio: neste período, Petrópolis era, de fato, a capital administrativa do Império.
Koeler trouxe cerca de dois mil colonos germânicos para Petrópolis ao longo do ano de 1845 e cumpriu sua promessa. De seu empenho emergiu a Petrópolis Imperial, primeira cidade planejada da América Latina, com seus rios domados e contornados por jardins, pelo seu palácio, pelos casarões, pelas praças e pelos recantos privilegiados.
A partir disso, o destino estava traçado. A menina dos olhos do Imperador estava fadada a uma vocação grandiosa.
Independentemente da época do ano, era em Petrópolis que moravam os representantes diplomáticos estrangeiros. Entre 1894 e 1903, foi capital do estado do Rio de Janeiro, em substituição a Niterói, devido à Revolta da Armada.
A importância política da cidade perdurou por décadas, mesmo depois do fim do Império.
Na República, a cidade manteve este "status", já que o Palácio Rio Negro, residência oficial de verão dos Presidentes da República, hoje a primeira "guest-house" oficial aberta à visitação do país, continuou a receber todos os presidentes. O mais assíduo dentre eles foi Getúlio Vargas, durante o Estado Novo.

Getúlio assinando a ata de fundação do Museu Imperial sob a atenção de Alcindo Sodré
Já em 1854, por iniciativa do maior empresário do século passado, Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, a cidade recebe novo impulso, com a construção da primeira estrada de ferro brasileira.
Em 1897, Petrópolis assistiu, no Teatro Cassino Fluminense, à primeira exibição pública de filme produzido em território nacional: uma película de menos de um minuto de duração.
De 1894 a 1903 - ano em que a cidade assistiu a assinatura do Tratado de Petrópolis, que anexava o Acre ao território nacional - Petrópolis tornou-se a capital do Estado do Rio de Janeiro. E, no ano seguinte, o Palácio Rio Negro foi adquirido para ser residência oficial de verão dos presidentes da República
Nos anos 40, Petrópolis destacava-se no cenário têxtil e também no turismo. 
No final dos anos 90, Petrópolis se prepara para o século XXI disposta a guardar o melhor de suas tradições e a entrar, decisivamente, na era tecnológica. A inauguração do Laboratório Nacional de Computação Científica - LNCC, coloca a cidade em posição de destaque no desenvolvimento de setores que dependem de alta tecnologia e pesquisa para sua produção. E o projeto de revitalização do Centro Histórico, que está estimulando o crescimento turístico nos seus segmentos ecológico, de compras e de convenções, devolvendo à cidade todo o charme que seduziu D. Pedro I, há mais de 150 anos.





Referências Bibliográficas

http://www.destinopetropolis.com.br/informacao/7014_historia
http://www.juraemprosaeverso.com.br/HistoriasDasCidadesBrasileiras/HistoriaDaCidadeDePetropolis.htm
http://www.gazetadascidades.com.br/petropolis-historia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3polis
http://petropolisnoseculoxx.zip.net/index.html

Catedral de São Pedro de Alcântara

Originalmente, a Igreja Matriz de Petrópolis era um modesto edifício localizado em frente ao Palácio Imperial, mas a construção de uma nova Matriz já estava prevista, no lugar atual, no plano de urbanização de Petrópolis, datado de 1843.

Em 1871 foi decidida oficialmente a construção de uma nova Matriz, porém ainda demoraria a materializar-se. Somente em 1884, o autal edifício da catedral começou a ser construído.

A Catedral sendo construída, ainda sem a torre


A matriz foi construída em estilo neogótico francês do século XVIII, obteve sua pedra fundamental em 1884, com o patrocínio de D. Pedro ll e da princesa Isabel. Construída em alvenaria de pedra aparelhada e apresenta obra de cantaria em granito.


No seu interior há obras esculpidas em mármore de Carrara, havendo grande destaque a Capela Imperial que fica situada à direita na entrada principal da Catedral, em mármore, ônix e bronze onde se situa o sepulcro com relíquias dos Santos Mártires, São Magno, Santa Aurélia e Santa Thecla.

Alem disso no local também existem pertences e fragmentos de sítios caros a D. Pedro ll ( cruz central, feito de granito preto da Tijuca). No centro da capela, está uma lapide de mármore de Carrara, com as estátuas jacentes do Imperador D. Pedro ll e Dona Tereza Cristina. Nas laterais e no fundo as estatuas da Princesa Isabel e do Conde D’Eu.

Em frente á capela Imperial está o batistério com a pia batismal que procede da antiga Igreja Matriz (1848). O padroeiro da Matriz é São Pedro de Alcântara, venerado como o protetor da monarquia, estabelecido Poe D. Pedro l como patrono do império Brasileiro.



Referências Biblográficas:

pt.wikipedia.org/wiki/Petrópolis 


ttp://www.petropolis.rj.gov.br

Museu de Santos Dumont: A Encantada

A casa - que hoje é o museu - foi construída em 1918, quando Santos Dumont foi convidado pela Princesa Isabel a veranear em Petrópolis.

Mais conhecida como A encantada, por localizar-se na encosta do morro do Encanto, a casa é famosa por abrigar muitas das invenções de Santos Dumont, como o chuveiro aquecido a álcool, o único chuveiro de água quente do Brasil naquela época.


O próprio Santos Dumont planejou e desenhou a casa, mas com a ajuda de um arquiteto. Compacta e pequena, a casa divide-se em três andares: O primeiro era utilizado como oficina; no segundo encontra-se a sala de estar juntamente com a de jantar, além da biblioteca e escritório; no terceiro andar há o quarto e o banheiro. Ainda, no nível do telhado, se encontra um observatório. Nota-se a ausência de uma cozinha, pois por morar em frente a um hotel e por ser um homem “pratico”, preferia pedir suas refeições.

Na casa existem duas escadas de madeira que se destacam devido ao formato e disposição dos degraus, ela força o início da subida com um determinado pé. A primeira não possui o lado esquerdo, o que obriga seus visitantes a começarem a subida com o pé direito.


A casa se tornou um museu por vontade de seus herdeiros, os sobrinhos de Santos Dumont. A casa foi doada à Prefeitura de Petrópolis com a condição de que se tornasse um local de visitação ou uma instituição que homenageasse e perpetuasse a memória do grande inventor.






Referências Biblográficas:

pt.wikipedia.org/wiki/Petrópolis


ttp://www.petropolis.rj.gov.br